sexta-feira, 6 de junho de 2014
sábado, 18 de dezembro de 2010
Jornal de Notícias - Science4you
domingo, 12 de dezembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
Premio Empreendedor - FINICIA Jovem 2009
Entrevista a Miguel Pina Martins relativo ao Prémio Empreendedor do Ano 2009 dado pelo FINICIA Jovem
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Entrevista Algebrica
MIGUEL PINA MARTINS CEO da Science4you "A longo prazo a qualidade é muito mais importante que o marketing, mas a curto prazo, e para começar, o marketing é muito mais importante" |
Como e porque surgiu a Science4You?
A Science4you surgiu no meu projecto de final de curso quando eu era aluno de Finanças no ISCTE, que tem uma parceria com a Faculdade de Ciências. Na altura, houve uma série de projectos que foram rifados e a Science4you ganhou. Quando começámos, o projecto era muito diferente do que é actualmente mas obviamente que se foi adaptando às necessidades do mercado. Candidatámo-nos a capital de risco em Novembro de 2007. Em Janeiro de 2008 foi aprovado, e assim começou a Science4you, quase do nada. Neste momento, temos uma estrutura completamente diferente. Há um ano e meio atrás era só eu que trabalhava aqui: Era porteiro, conselho de administração, comercial, responsável de armazém... portanto, tinha de fazer um bocadinho de tudo. Agora, felizmente, já temos 10 pessoas a colaborar connosco, o que nos dá outra estrutura e também um maior ritmo de desenvolvimento de produto.
Nós produzimos, desenvolvemos e comercializamos brinquedos científicos e, para além disto, também nos dedicamos a diversas actividades como, por exemplo, campos de férias, festas de aniversário e animação científica, em que vamos a centros comerciais, colégios, etc.
Neste momento, a Science4You tem o seu core business nos brinquedos, que é aquilo que tem tido mais mediatismo, porque se tratam de brinquedos diferentes, brinquedos didácticos, educacionais e científicos, e que permitem a educação enquanto se brinca. Esse é o nosso grande objectivo. Actualmente, temos uma parceria com 11 museus de ciência nacionais, que vão desde Faro até ao Porto, atravessando por Estremoz e indo à Madeira e a Lisboa.
Este tipo de parcerias é fundamental. Aquelas que temos – não só com a faculdade, mas também com os museus – são cruciais para o nosso desenvolvimento e para o reconhecimento que temos
Quais são os valores e missão por que se rege a empresa?
A missão é, acima de tudo, conseguir que as crianças e os jovens tenham acesso às ciências experimentais, dando-lhes a conhecer a sua importância no nosso quotidiano. A maior parte daquilo que fazemos é para ser desfrutado nos tempos livres, sempre com o pensamento “isto é para divertir” e, obviamente, para aprender. Essa é a grande vantagem que temos em relação a outro tipo de produtos.
Os empresários portugueses são muitas vezes acusados de excessivo conservadorismo. Sente-se uma mudança neste costume?
Eu acho que sim. Nós temos um tecido empresarial, principalmente o mais antigo, no mínimo conservador. Os nossos self made man são isso mesmo. Não é negativo, muito pelo contrário. Mas penso que o empresário acaba por ter uma série de preconceitos naturais que se têm em várias questões, não só em termos empresariais, mas em termos laborais, etc. E eu penso que cada vez mais essa tendência muda, com o mudar dos tempos. E as crises são boas por isso. Acabam por mostrar quem realmente consegue estar no mercado e quem não consegue ter um produto competitivo e manter-se no mesmo. Penso que o caminho passa por uma mudança no tecido empresarial português, não só em termos do tipo de produtos que produzimos, e que está a mudar, por sinal. Cada vez mais temos de fugir para produtos de valor acrescentado e para um produto que tenha algo mais a dar do que aquilo que é dado pela China, ou é dado por outros países com mão-de-obra muito mais barata e, muitas vezes, a preços muito mais competitivos. Acho que isso também acaba por mudar as mentalidades dos empresários. Penso que o caminho será esse, certamente.
A única forma de o tecido empresarial português evoluir é através da inovação. Concorda?
Sim, a inovação é um dos caminhos fundamentais. Não só a inovação, mas a criatividade também. O factor externo, ou seja, as empresas cada vez mais se virarem para o exterior, também é fundamental, porque o nosso mercado é muito pequeno para quem quer realmente ter um grande futuro. Pelo menos é assim que vejo as coisas na maior parte dos novos negócios. Acho que as empresas portuguesas devem tentar pensar sempre em coisas diferentes, mas acima de tudo serem criativas para conseguir acrescentar valor aos produtos. Se formos fazer algo que já existe e tentar retirar no preço, isso não é criativo. Por isso, penso que o factor criatividade, factor inovação e o factor expansão para o exterior, pensamento para o mercado global, são três pontos são muito importantes. Hoje em dia, as coisas têm um prazo de validade cada vez mais pequeno. E é cada vez mais importante mudar muito depressa, porque aquilo que hoje funciona, amanhã pode já não servir para nada.
Perante um mercado interno diminuto, a internacionalização é fundamental para a sobrevivência e viabilidade do tecido empresarial português?
Sim, a internacionalização é fundamentalíssima, porque nós temos apenas 10 milhões de pessoas em Portugal e, nesse sentido, não conseguimos competir com países que trabalham um mercado maior. Por exemplo, uma empresa nos EUA trabalha com um mercado de quase 200 milhões de pessoas. E é por isso que é muito importante que as empresas portuguesas internacionalizarem. Nós devíamos seguir o exemplo holandês, por exemplo, que acho que é fantástico. Se formos para o exterior e perguntarmos “diga-ma lá o nome de empresas portuguesas”, ninguém sabe. Se calhar se formos a Espanha há umas quantas. Mas se formos a outros países, não existe. Se falarmos numa empresa holandesa, sendo que a Holanda é um país com 10 milhões de pessoas e com características semelhantes às nossas, há empresas como a Shell, como a Royal Dutch, falamos de muitas empresas que são realmente globais e que tiveram essa capacidade, com um mercado interno muito parecido ao nosso. Trabalhando, como nós, para um mercado de 10 milhões de pessoas, conseguiram expandir-se para o mundo inteiro. E, infelizmente, nós ainda não conseguimos ter essa capacidade de começar a expandir as nossas empresas para fora do país e para criar empresas realmente gigantes. E isso só é possível de uma forma: internacionalizando. Não há outra forma de o fazer.
A Science4You também está presente em Espanha e no Brasil. A internacionalização foi uma aposta calculada (por força do interesse estrangeiro nos vossos serviços) ou antes uma aposta de risco, sem garantias de sucesso?
Foi um risco que resolvemos assumir. Tivemos de fazer um investimento muito grande em traduções, tivemos de fazer caixas novas com tudo em espanhol. Há um investimento bastante grande, e nunca há garantias de sucesso. Todos os negócios têm risco, uns têm mais que outros, mas nenhum está assegurado, acima de tudo. E as pessoas têm de ter noção disto quando se fala em empreendedorismo.
Há mais planos nesse sentido (internacionalização)?
Temos planos para o final deste ano para Itália e Reino Unido. Se tudo correr bem até ao final deste ano também abriremos filial nestes dois países.
Há quem defenda que um dos aspectos mais referidos para aumentar a riqueza da nossa economia prende-se com a capacidade de exportar produtos e serviços. Qual a sua posição relativamente a esta afirmação e, especificamente, em relação à Science4You?
Para nós é essencial porque o nosso mercado está praticamente completo. Nós existimos há 2 anos e o nosso desenvolvimento foi bastante rápido, nunca esperei que fosse tão rápido. Em relação ao exterior, é fundamental. Era como eu estava a dizer, acho que temos de seguir um exemplo tipo Holanda, em que é realmente possível internacionalizar empresas, em que conseguimos criar marcas lá fora com o prestígio que têm cá dentro e que são de qualidade. E esse é um caminho bastante longo e que passa muito pela mentalidade, não só dos empresários mas também dos governos, de poderem dar asas aos empresários para voarem muito longe.
Não nos restringindo apenas ao vosso core business, mas alargando à generalidade do sector empresarial português, como poderá o nosso país aumentar o seu potencial competitivo? É tudo uma questão de marketing, ou Portugal tem que apostar seriamente na qualidade?
A qualidade é fundamental e, infelizmente, penso que nós não temos um produto reconhecido como sendo de qualidade. E isso é problemático. Acho é que se tem de aliar tudo: marketing e qualidade. Porque podemos ter o melhor produto do mundo, mas se as pessoas não souberem que ele existe, não nos serve absolutamente de nada. Por outro lado, podemos ter o pior produto do mundo, mas se as pessoas souberem que ele existe e acharem que é muito bom, pode vender muito. Ou seja, o marketing faz a diferença. Sem o marketing é impossível chegar a algum lado, seja um bom produto ou um mau produto, sem o marketing é impossível vendê-lo. E é por isso que há muitos maus produtos com uma notoriedade alta. Por outro lado, temos produtos muito melhores e a preços bastante mais acessíveis, mas que por não terem uma aposta tão grande no marketing, as pessoas não os conhecem. Tem de haver uma conjugação dos dois (marketing e qualidade), sem dúvida nenhuma. A longo prazo, a qualidade é muito mais importante que o marketing, mas a curto prazo, e para começar, o marketing é muito mais importante. Acaba por ser uma fórmula complexa mas se for possível apostar nos dois... penso que será essa é a chave para o sucesso.
Qual a estratégia de futuro da Science4You?
Continuar com a internacionalização. Neste momento temos em desenvolvimento vários projectos, um pouco diferentes do que temos feito até agora. Estamos a pensar criar o Grupo For You, que nos vai permitir entrar noutras áreas de negócio, um pouco à imagem da Virgin, apesar de eu não gostar muito de fazer esta comparação. Portanto, já temos uma série de planos, fora da área dos brinquedos, para começar a experimentar. Temos novos projectos para a área da saúde, o que penso que será bastante interessante, e na área do comércio. Ainda nada está confirmado, mas é algo que nós planeamos fazer ainda este ano. Outra coisa que acho muito importante e que estamos a tentar fazer, é criar algo diferente daquilo a que as pessoas estão habituadas. É com esse objectivo em mente que queremos criar o Grupo For You e, numa fase posterior, criar, por exemplo, a Health For You. Ou seja, várias empresas que façam parte de uma mesma dinâmica.
Biografia
Miguel Pina Martins é licenciado em Finanças e mestre em Gestão, pelo ISCTE, frequentando actualmente o doutoramento em Empreendedorismo na mesma instituição.
Desde cedo que a política e a possibilidade de encabeçar os seus próprios projectos foi algo que o cativou, tendo desde os dezoito anos liderado projectos concelhios e distritais, tendo sido eleito Deputado Municipal no Seixal aos dezanove anos de idade.
Foi presidente da JSD Seixal durante 5 anos e é actualmente o presidente da JSD Distrital de Setúbal.
Foi esta necessidade de controlar em pleno a sua vida que o levou a sair da banca de investimento em 2007 e passar, aos vinte e dois anos, a liderar um projecto onde o centro das decisões seria o próprio.
A 30 de Janeiro de 2008 nasce oficialmente o seu último projecto empresarial, a Science4you S.A., empresa que se dedica à produção, desenvolvimento e comercialização de equipamentos científicos como brinquedos e material de laboratório.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Science4you no Jornal de Negócios
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Hoje a Cor do Dinheiro - RTPN
terça-feira, 13 de julho de 2010
Science4you na RTP1
Entrevista com: Miguel Pina Martins - Science4you S.A.
Jornalista: Vanda Freire
quinta-feira, 1 de julho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
Science4you no Diário Económico
domingo, 20 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Science4you Grande Reportagem TVI
Repórter: Alexandra Borges
Com Miguel Pina Martins - CEO Science4you
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Hoje na TVI
quarta-feira, 9 de junho de 2010
RTP1 - Science4you
Jornalistas: José Rodrigues dos Santos e Mafalda Caneira
Entrevistado: Miguel Pina Martins
Relativo à Distinção pela Comissão Europeia de Empreendedor do Ano 2010